Revolução Francesa
Antecedentes
A sociedade francesa do século
XVIII mantinha a divisão
em três Ordens ou Estados típica do Antigo Regime – Clero ou Primeiro Estado,
Nobreza ou Segundo Estado, e Povo ou Terceiro Estado – cada qual regendo-se por
leis próprias (privilégios), com um Rei absoluto (ou seja, um Rei que detinha um
poder supremo independente) no topo da hierarquia dos Estados. O Rei fora antes
de tudo o obreiro da unidade nacional através do seu poder independente das
Ordens, significando que era ele quem tinha a última palavra sobre a justiça, a
economia, a diplomacia, a paz e a guerra, e quem se lhe opusesse teria como
destino a prisão da Bastilha.
Causas
Sociais:
·
O Clero ou Primeiro Estado,
composto pelo Alto Clero, que representava 0,5% da população francesa, era
identificado com a nobreza e negava reformas, e pelo Baixo Clero, identificado
com o povo, e que as reclamava;
·
A Nobreza,
ou Segundo Estado, composta por uma camada
palaciana ou cortesã, que sobrevivia à custa do Estado, por uma camada
provincial, que se mantinha com as rendas dos feudos,
e uma camada chamada Nobreza Togada, em que alguns juízes e altos funcionários
burgueses adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros.
Aproximava-se de 1,5% dos habitantes.
Econômicas:
A causa mais forte de Revolução foi a econômica,
já que as causas sociais, como de costume, não conseguem ser ouvidas por si
sós. Os historiadores sugerem o ano de 1789como o início da
Revolução Francesa. Mas esta, por uma das "ironias" da história, começou dois anos
antes, com uma reação dos notáveis franceses - clérigos e nobres - contra o
absolutismo, tendo sido inspirada em ideias iluministas, e se pretendia
reformar e para isso buscava limitar seus privilégios. Luís XVI convocou a nobreza e o clero para contribuírem no pagamento
de impostos, na altamente aristocrática Assembleia dos Notáveis (1787).
Política:
Em
fevereiro de 1787,
o ministro das finanças, Loménie de
Brienne, submeteu a uma Assembleia de Notáveis, escolhidos de entre
a nobreza, clero, burguesia e burocracia, um projeto que incluía o lançamento
de um novo imposto sobre a propriedade da nobreza e do clero. Esta Assembleia
não aprovou o novo imposto, pedindo que o rei Luís XVI convocasse
os Estados-Gerais.
Em 8 de agosto, o rei concordou, convocando os
Estados Gerais para maio de 1789.
Fazendo parte dos trabalhos preparatórios da reunião dos Estados Gerais,
começaram a ser escritos os tradicionais cahiers
de doléances, onde se registraram as queixas das três ordens.
Editado e postado por Vitor Giusti,
Kaique Biscaro e Caio Mendes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário